27 novembro 2005

Novo album do Rui Veloso

O Amigo do "Terreiro" enviou-me o seguinte artigo:

Música: Novo disco de Rui Veloso, "A espuma das canções", é editado terça-feira
Rui Veloso edita terça-feira o seu novo CD, "A espuma das canções", que reúne 15 temas que percorrem do reggae ao blues, passando pelo rock, a música tradicional portuguesa e a africana
Carlos Tê assina os 15 temas, o que não acontecia desde o álbum "Mingos & Samurais" editado há 12 anos.
"A espuma das canções", o 13º álbum de Rui Veloso, terá duas edições diferentes, a saírem terça-feira, dia da sua apresentação ao vivo no Blues Café, em Lisboa.
A edição normal constituída pelos 15 temas assinados por Tê e Veloso, de "Não invoquem o amor em vão" a "Canção de alterne", passando por "Não queiras saber mais de mim" ou "Recado a Rosana Arquete" e uma série especial que inclui duas faixas de bónus, e ainda um DVD com o "making of" de "Espuma das canções", fotos em estúdio e vídeo de "Canção de alterne" que Rui interpreta com Nancy Vieira.
"Não percas o teu mistério" é uma das faixas extras, a outra, "Questão de confiança", com letra de João Monge, é a excepção na autoria das letras, todas assinadas por Carlos Tê.
"Tanto o Rui como o Carlos Tê já não estavam juntos há muito tempo e este álbum, mais do que o seu reencontro criativo, revela-nos o seu engenho de saber misturar a música com a palavra", disse à agência Lusa David Ferreira, da editora EMI.
Além de Nancy Vieira com quem interpreta "Canção de alterne", outra participação especial é a de Sara Tavares nos temas "Luz falsa" e "Não invoquem o amor em vão" com que abre o álbum.
Participam também diversos músicos "escolhidos por Rui para cada um dos temas", o pianista Bernardo Sassetti, Zé Nabo, Barnaby Dickinson ou Gary Barnacle, além dos músicos da Sinfonieta de Lisboa.

25 novembro 2005

As Intermitências da Morte - josé saramago



O novo livro de josé saramago ( ele escreve Deus a pequeno) já está nas livrarias, pronto a ser consumido.
Não gosto da forma como escreve, mas gosto muito das histórias que cria com a sua “pena”. Desta vez, o nosso prémio Nobel, apresenta-nos um país, onde a morte desistiu de trabalhar. Só não é o nosso país porque é monárquico (ou será um sonho do escritor “comuna”, acabar com a eleição de um “Rei” de 5 em 5 anos?).
Como podem sobreviver o estado (reformas eternas), a igreja (sem morte não há ressurreição), a industria dos caixões?
Saramago leva-nos pela sua mão a meditar sobre a vida, o amor, a morte. As coisas boas e más têm que existir, só lhes damos valor na sua ausência, mesmo á morte.
Ainda não acabei, tenho que ler devagar, ele escreve daquela forma peculiar de nunca nos informar quando alguém entra em discurso directo. O Tavares é que tem razão, a professora primária é que foi a culpada.
Leiam que vale a pena, eu estou a meio e vou-me rindo sozinho.


Nota: Coloquei um link para o "site" do José Saramago mas a página está desatualizada

PS – Quanto ao livro do José Rodrigues dos Santos, que comentei no fim do mês passado, vale mesmo a pena.



20 novembro 2005

Uma breve historia dos GNR


No fim dos anos 70, ainda sem Rui Reininho, o Grupo Novo Rock (GNR) gamou a sigla á Guarda Nacional Republicana e começou a cantar que queria ver Portugal na CEE. Os “agentes” da formação inicial eram: Alexandre Soares na Voz e Guitarra e Tóli César Machado na bateria. Ainda antes de aparecer o grande poeta Reininho entrou para o baixo o Vítor Rua.
Depois de formada a banda inicial (Alexandre/Tóli/Vítor) e até sair o primeiro álbum (Independança) os GNR foram um corrupio de músicos que entravam e saíam da banda.
No mês de Março de 81 é editado "Portugal Na CEE" e "Espelho Meu", nesta fase sai Mano Zé, que chegara á banda á pouco tempo sendo substituído por Miguel Megre no baixo. O single "Sê um GNR" acaba por vender mais que o anterior.
O Independança, primeiro álbum do grupo, veio para o mercado em 1982 com Miguel Megre agora nas teclas e com um novo vocalista e escrivão mor Rui Reininho, vindo do projecto experimental: Anar Band.
O álbum foi um fracasso em termos comerciais, ainda que, na minha opinião, muito avançado para a o seu tempo. Miguel Megre abandona a banda e Alexandre Soares é empurrado para fora.
Vítor Rua e Tóli Machado são convidados para produzirem o primeiro álbum de António Variações. Nesta altura Rua abandona o grupo.
No ano de 83 dá-se o regresso de Alexandre Soares, porque Vítor Rua queria acabar com o nome GNR, uma vez que só o Tóli era dos primórdios. Já com o baixista Jorge Romão sai o álbum "Defeitos Especiais".
Em 1985 Tóli passa a ocupar-se dos teclados e sai um álbum carregado de sucessos: "Os Homens Não Se Querem Bonitos" dos quais se salienta o hino: Dunas.
Em Setembro de 1986 fabricam o álbum "Psicopátria" que chega a disco de prata com temas como "Efectivamente" e "Bellevue".
Em 1987 Alexandre Soares abandona definitivamente os GNR e entra o guitarrista ex: Mler Ife Dada, Zézé Garcia.
Com tantas entradas e saídas os GNR mantiveram a alma do seu início como se a banda não fossem as pessoas que a compõem mais algo muito superior aos seus elementos.

Depois os álbuns de sucesso foram surgindo: Em 1992 o álbum "Rock in Rio Douro", "Sob Escuta" em 1994.

Em 1996 Alexandre Soares e Vítor Ruas fazem as pazes com a banda e aparecem na festa de lançamento de "Tudo O Que Você Queria Ouvir - o Melhor dos GNR". Chegam mesmo a tocar ao vivo em 1997 num concerto que o grupo deu no Coliseu.

No ano de 98 sai o álbum “mosquito” e ainda têm tempo para gravar “quando eu morrer” para o álbum de homenagem ao Xutos & Pontapés.

Depois em 2000 os nossos ouvidos são brindados com o álbum “Popless". Já no ano 2002 ficaram “do lado dos sisnes” e voltam ás belas guitarradas.

Agora temos que esperar porque os rapazes ainda têm muito para mostrar.

Eu vou ficar a aguardar por mais mas sempre com o ouvido no que já nos deram.

16 novembro 2005

AS BONECAS RUSSAS

O filme “As Bonecas Russas” é a continuação de “A Residência Espanhola”, Xavier o grande herói da resistência vive em Paris. Conseguiu realizar um dos seus grandes sonhos, ser escritor. Mas a vida na cidade do amor não é fácil e ele tem que acumular vários trabalhos para conseguir sobreviver. A sua vida amorosa acompanha o ritmo de vida saltitante. Uma viagem á Rússia vai alterar a sua vida ... e dar-lhe abordagem diferente do conceito: amor.
Vale a pena ver e não é só para os cultos do cinema alternativo, pois em França em duas semanas de exibição já foi visto por cerca de um milhão e meio de espectadores.



Ficha técnica:
Titulo: «As Bonecas Russas»
Título original: «Les Poupées Russes»
Realização: Cédric Klapisch
Elenco: Romain Duris, Audrey Tautou, Cécile De France, Kelly Reilly,Kevin Bishop, Evguenya Obraztsova,Lucy Gordon
Género: Comédia/Romance
Origem: França/Reino Unido
Ano: 2005
Duração: 120 minutos

14 novembro 2005

O Borda d' Água - 2006


Este ano, como em muitos outros, incutido pelo espírito do meu avô "Barrigana", durante a Feira dos Santos, comprei o Borda D'Água. Ainda procurei o Seringador, mas sem êxito (até agora). Os almanaques já existem na forma impressa desde do Sec. XV, mas para falar do aspecto histórico deste, temos os Tavares em http://neoarqueo.blogspot.com/. Relativamente ao deste ano, mantêm os conselhos úteis para quem semeia os campos, as voltas da lua, os feriados, os santos de cada dia, as alturas da sementeira, a astronomia, etc., importa referir que já é contemplada a agricultura biológica (desde 2005)
O artigo (não sei se posso chamar-lhe artigo) que leio com grande prazer é o "JUIZO DO ANO", um resumo do ano que se avizinha, as coisas boas e más que estão á espreita. O tempo não pára e 2006 já está a chegar, vamos ver se passamos mais um com saúde.

Quando o comprarem não se esqueçam da naifa para abrir as folhas.

10 novembro 2005

O regresso dos GENESIS deve estás para breve

O regresso dos GENESIS está para breve. Pelo menos é o que penso após ler uma entrevista de Phil Collins. Este, afirma-se empenhado, num projecto, de voltar a reunir os cinco mestres do rock sinfónico. Os Génesis foram fonte de inspiração para muitas bandas, como o Quarteto 1111 ou os Marillion. Os últimos já mais do meu tempo. Há 30 anos o baterista, Phil Collins, saltou das traseiras do palco e tornou-se líder e vocalista da banda. Hoje diz, que não se importa de voltar para as baquetas, e devolver o lugar de vocalista a Peter Gabriel. Era este o passo mais importante para a reunião, pois, a maior barreira ao regresso dos Génesis ao formato original, estava precisamente em Phil Collins. O homem dos sintetizadores, Tony Banks, e o guitarrista Steve Hackett há muito que se mostram disponíveis. Michael Rutherford que começou por ser guitarrista e baixista da banda já afirmou que basta dizerem que ele regressar. Peter Gabriel, o grande escritor dos argumentos que eram as músicas do génesis, afirmou, em directo num programa inglês, estar interessado em reunir para debater a ideia e começar a trabalhar. Portanto, esperamos um regresso com um novo álbum e uma nova digressão mundial (Com Portugal incluído). Há quem discorde desta opinião, mas para mim, houve dois grupos com o mesmo nome – GENESIS (com Peter Gabriel) e GENESIS (sem Peter Gabriel). Até 1975 os álbuns dos Génesis eram uma espécie de alegorias da sociedade de consumo. O mítico álbum, "The Lamb Dies Down On Broadway", onde Peter Gabriel se torna Rael - um porto-riquenho líder de gangue juvenil em Nova York, é o topo de toda a arte dos GENESIS. Depois da digressão mundial de apresentação do álbum, Peter Gabriel abandona o grupo e a musica deixa de ser a mesma.
Há quem goste, porque os GENESIS fizeram álbuns de sucesso comercial, como Trick of The Tail (1976), Wind And Wuthering (1977), Duke (1980) ou Abbacab (1981) , até venderam mais do que até então. Mas a alma da banda tinha partido.
Podem voltar que nos estamos á espera.

06 novembro 2005

Um grande escritor dos nossos dias - DAN BROWN


Dan Brown é casado com a pintora e historiadora de arte Blythe, que colabora com ele nas pesquisas para os seus livros. Actualmente mora em New England, nos Estados Unidos. No início de 2004, todos os seus quatro livros - O Código Da Vinci, Anjos e Demônios, Digital Fortress e Deception Point (Conspiração na nossa língua tuga) - estiveram ao mesmo tempo na lista de mais vendidos do The New York Times.

O primeiro livro escrito por Dan Brown foi Digital Fortress, um thriller tecnológico que já mostrava a grande veia que o escritor tem para nos cativar com enredos de uma rapidez alucinante onde as soluções nos apresentam novos mistérios. Mas de que trata este livro: a América desenvolve um supercomputador, o TRANSLTR, que consegue descodificar as mensagens encriptadas enviadas pela net, o principal objectivo da NSA (Agência de Segurança Nacional) é proteger os EUA fornecendo informação rápida para que mesmo os terroristas sejam eliminandos antes de se conseguirem organizar, os problemas surgem quando um ex-funcionário da agencia desenvolve um algoritmo de encriptação infalível e ameaça disponibiliza-lo na grande rede. Eu tenho o livro em pdf numa língua muito próxima do Português, não vou pedir ao Ferreira para o ler, mas deve estar para sair na língua lusa, porque nesta altura Dan Brown está a escrever mais uma aventura do professor Robert Langdon e as editoras tem que explorar a mina.
Os críticos têm caído em cima de Dan Brown maldizendo a suas obras. Acontece sempre que alguém consegue captar as pessoas, escrever de uma forma brilhante e vender muitos livros, os pseudo-intelectuais que acham que a literatura é alguma coisa que só eles entendem, tenho a certeza que na posse de toda a informação que Dan Brown utiliza para escrever os seus livros (e é muita informação) ficavam baralhados e sem a mestria que Dan Brown que nos obriga a ler sempre mais uma página em aventuras que correm a ritmos alucinantes.

http://www.danbrown.com/

05 novembro 2005

Primeiro album do Grupo Editors

Chegou-me pela mão do Celso Ferreira Gomes, o álbum “The Back Room” do grupo britânico “Editors”.
Escutei com agrado o CD mais do que uma vez, e fui investigar.
A banda é formada por quatro músicos todos eles estudantes na universidade de Stafford que após a graduação se juntaram no ano 2002 em Birmingham para fazer o que melhor sabem: Musica. O vocalista e guitarrista é o Tom Smith, o outro rapaz da guitarra é Chris Urbanowicz, o baterista é o Ed Lay e Russell Leetch é o baixista.
Estes rapazes trazem-nos de volta a sonoridade dos anos 80 como os Joy Division, Echo and Bunnymen, Gang of Four e por momentos até os saudosos The Clash me vieram á memória. Em suma, gostei muito do que ouvi e para que gostar de Fraz Ferdinand ou Interpol (não tudo) vai ver que ainda se faz muito boa musica neste planeta.

Para os mais curiosos aqui tem mais informação oficial: http://www.editorsofficial.com/

(*****)

03 novembro 2005

Carlos Santana - Novo album, All That I Am

Na cidade de Autlan de Navarro - México, a 20/07/1947 nascia Carlos Santana, um dos mais talentosos e criativos guitarristas das últimas décadas. Iniciou a carreira aos treze anos de idade, com a banda The Strangers, onde já procurava fundir a sua influência de ritmos latinos com os acordes do blues e do rock. No início da década de sessenta parte com a família para São Francisco.

Na América Carlos Santana era lavador de pratos e nas folgas começa a ensaiar com a sua banda – Santana Blues Band, que mais tarde se Vai chamar apenas SANTANA, estávamos em plena época do psicadélico.
O primeiro álbum de originais, “Santana” vê luz em 1969 e atira Carlos Santana para os Top’s mundiais. Nesse ano apresenta-se no festival de Woodstock.

No ano seguinte faz sua primeira apresentação no Montreux Jazz Festival e lança “Abraxas”, que conquista o disco de ouro. Na sequência, vem o disco “Santana III”, que marca o fim da formação original da banda e passagem dos direitos do nome apenas para o guitarrista Carlos Santana.

Este ano está a lançar ”All That I Am”, pelo que ouvi Carlos Santana habituou-nos a melhor, fugiu pelo caminho mais fácil, criar para ganhar dinheiro (mas quem é que não gosta de dinheiro). Está lá a guitarra e as influencias latinas, temos que reconhecer, que, bem antes de a "World Music" se ter tornado um termo consagrado, já Santana a fazia e talvez até mesmo a definia. Vou ouvir com mais atenção, eu esperava mais… é o que dá criar expectativas. (*****)